27 de setembro de 2012

Grandes Artilheiros

Todos eles, aqui citados, tiveram participações importantes no futebol profissional do Amazonas. Foram grandes ídolos de seus times. Jogadores que despontaram com implantação do profissionalismo no nosso futebol. Atravessaram uma boa fase após a fundação da FAF, quando o torcedor comparecia em massa aos estádios empunhando bandeiras de seus clubes, desfilando pelas ruas da cidade. Os que estão aqui, outros mais virão, foram realmente bons jogadores e que ainda hoje são lembrados pelos torcedores mais antigos.

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EDSON PIOLA. Considerado o melhor atacante do futebol amazonense na década de 60 e início dos anos 70. Cria do Fast Clube, junto com seus irmãos Antônio e Zequinha, ambos os zagueiros, filhos de Antônio Petrúcio que também jogou futebol pelo Fast nos anos 30 e 40, quando ganhou o apelido de Piola tirado do atacante, Silvio Piola, da Seleção da Itália da Copa de 1938.

Edson da Costa Petrúcio nasceu em Manaus, a 16 de julho de 1943. Fez nome no futebol amazonense pela técnica e principalmente pela sua condição de grande artilheiro, o que o levou a jogar em Belém do Pará, contratado pelo Paysandu, pelo qual também, despontou como artilheiro.

Em 1963 Edson Piola já aparecia como grande goleador no Fast Clube. Marcou nessa temporada 23 gols. Foi novamente artilheiro do campeonato local em 1964, com 11 gols. Em 1965 transferiu-se para o Paysandu, de Belém do Pará. Ganhou o título de campeão e artilheiro com 11 gols. Em 1967, de volta a Manaus, defendeu o Nacional e também foi um dos principais artilheiros do campeonato ao lado de Irailto, do Olímpico. Passou a ser um dos grandes ídolos do nosso futebol.

Voltando ao Fast Clube, foi campeão e artilheiro da Taça Amazonas de 1971 com 7 gols e bicampeão da cidade em 1970/71 e artilheiro neste último, com 9 gols. Encerrou sua carreira ainda em condição de jogar alguns anos mais. Preferiu cuidar da vida. É proprietário de uma gráfica.

clip_image004SANTARÉM. Foi um dos maiores ídolo do São Raimundo Esporte Clube. Um goleador nato que até merecia uma estátua no estádio “Ismael Benigno”, pelas inúmeras vitórias que deu ao time alvi-azul. Jogador disciplinado, com grande disposição de suar a camisa, sem nunca ter olhado com firmeza para o lado financeiro. Era desses jogadores que mesmo lesionado pedia para jogar, no afã de ver seu clube sempre vencendo.

Nilo Pereira Maranhão (Santarém) nasceu na cidade que lhe emprestou o apelido, em 8-10-1938, onde começou a bater bola no Estrela do Norte e depois no São Francisco, pelo qual foi campeão em 1956. O seu tio, Álvaro Maranhão, então árbitro da FADA e que havia jogado futebol como duro zagueiro, indicou-o ao São Raimundo. Santarém veio para Manaus juntamente com o meia-armador Edson, “um cobra” do futebol santareno, mas que por aqui ficou pouco tempo, seguindo para Belém e jogou no Clube do Remo, enquanto Santarém ficou no “Tufão da Colina” fazendo gols e dando grandes vitórias ao seu clube. Foi campeão em 1961 e 1966, este, o primeiro da nova entidade, a FAF.

Em 1971 Santarém deixou o São Raimundo para defender o Rio Negro e em 1973 aceitou convite do América, onde se juntou aos outros grandes jogadores em final de carreira, como Pretinho, Amiraldo, Dermilson, Nildo e Rui. Disputou apenas quatro jogos. Sua condição de grande artilheiro acabara. Já com 34 anos decidiu parar, mesmo porque o América não voltou para a parte final desse campeonato. Ainda hoje e dedicado ao São Raimundo. Já foi técnico e diretor É funcionário aposentado do município.

Nos arquivos do “Baú Velho”, constam que Santarém, em 133 jogos pelo São Raimundo, marcou 90 gols, números não oficiais por absoluta falta de dados na entidade local.

JASON

clip_image006Ele foi oferecido ao Rio Negro por um empresário do Clube do Remo que, a despeito do irrisório preço, não se interessou pela sua contratação. O Nacional entrou no páreo e conquistou um bom atacante e acima de tudo um grande artilheiro. De boa estatura, usando com malícia o corpo para proteger a bola, ele foi um ídolo da torcida nacionalina, embora sua carreira tenha sido pontilhada de indecisões, o que lhe foi prejudicial.

Jason Rodrigues Corrêa, nascido a 16 de julho de 1959, começou a bater bola na sua terra natal, Macapá e, pela sua boa condição de artilheiro, chegou ao Clube do Remo, de Belém.

Veio para Manaus em 1981 e no mesmo ano sagrou-se campeão pelo Nacional e artilheiro com 14 gols. Em 1982 o Rio Negro conquistou o campeonato da cidade e Jason ainda jogava no Nacional, sendo o artilheiro de seu time.

Em 1983 disputou apenas um jogo no mesmo Nacional porque foi chamado pelo Flamengo, do Rio e logo depois fez alguns jogos vestindo a camisa do Fluminense, mas não aproveitou a chance que lhe deram Jogou pelo Atlético Mineiro, na época de Telê Santana, marcando um gol de cabeça que lhe deu o título de 1988, contra o Cruzeiro. Jogou ainda no futebol português e também não demorou muito.

Em 1987 voltou a Manaus e jogou pelo Rio Negro. Campeão e disparado o artilheiro da temporada com 19 gols, deixando seu companheiro de equipe, Curió, em segundo lugar com 11. Estava de volta em 1990 defendendo o Nacional participando de 14 jogos e marcando 5 gols.

Encerrada a carreira, que poderia ser das mais brilhantes, Jason voltou a Manaus e andou trabalhando como auxiliar no Nacional. Em 1997, com 38 anos de idade, apareceu vestindo a camisa do São Raimundo em 4 jogos do campeonato, mas já não era e não poderia ser, aquele grande artilheiro do nosso futebol. Não marcou nenhum gol. Um ídolo no Nacional ou no Rio Negro, trabalha como técnico em sua terra natal.

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2 comments
  • jose ricardo gama dos santos

    tive o prazer de jogar contra o jason,81 pelo america-am,e 82/83 pelo fast club, tambem tive o prazer de ser muito amigo do mesmo,ótimo centroavante,me tirou muito bicho,eu fui pra manaus,em 79,junto com jairzinho,(furacão)era ponta esquerda,fast tinha esta escalação,xepa-carlos alberto-luiz carlos joãozinho,anselmo(judeucir)mario geraldo-fabinho-carioca-ronaldo-jairzinho-e ricardo.tambem era um time de respeito,muito obrigado pela chance de poder falar com vcs,o baú velho não pode nunca deixar de existir,moro no rio,tenho 2 filhos em, manaus e 6 netos(aparecida)estou todo final de ano em manaus,pretendo morar de vez ai,abraço a todos do baú sucesso felicidade.

    9 de março de 2013 09:09 || Responder

  • vivaldinho

    tive o prazer de jogar com este espetacular atacante em 76 em macapa no Ypiranga clube, lembro que o mesmo era bem jovem e ja mostrava muito talento, tanto que o mesmo se destacou em varios clubes no Brasil. Brevemente vou a Macapá para rever varios amigos que ai deixei, um abraço a todos.

    6 de dezembro de 2013 14:49 || Responder

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