8 de janeiro de 2012

Goleada histórica

Com um vistoso uniforme, camisas em preto e amarelo e calções pretos, o Atlético Clipper Clube chegou a disputar o campeonato da primeira divisão de 1957, 1958 e 1959, passando para a Chave B, ainda da primeira divisão, em 1960 e 1961, para depois cair para a segunda divisão. Sua sede era na rua Visconde de Porto Alegre e chegou a revelar grande número de jogadores que brilharam no nosso futebol, como Catita, o goleiro Dilson, o atacante e goleador Lourival e o volante Valdir, que chegou a defender o Nacional e os irmãos Aristóteles e Aristóbulo, que se identificavam muito com essa agremiação.

Uma vitória do Clipper em jogo de campeonato deu o que falar durante algum tempo se o adversário fosse outro que não o Nacional, tudo bem. O fato aconteceu pelo campeonato de 1957, no seu primeiro ano disputando a divisão principal. O jogo no campo da Usina Labor, no bairro de Educandos. Na época, devido ao grande número de participantes no campeonato, a FADA distribuiu os jogos em três campos: Parque, Vila (Campo do Nacional) e Usina Labor. O Clipper colocava-se no grupo intermediário do futebol local e no seu primeiro ano destacou o atacante Lourival, um dos principais artilheiros do campeonato.

O jogo com o Nacional no dia 5 de setembro de 1957, foi apitado por Leônidas Almeida, árbitro que tinha residência no próprio bairro de Educandos e foi escolhido na hora, porque o que escalado pela entidade, não havia comparecido.

Jogo duro, com muito equilíbrio nas duas áreas. Assim foram os primeiros 15 minutos. O torcedor presente ao acanhando estádio da Usina, jamais pensaria que uma grande goleada se desenhava. O Clipper foi tomando conta do jogo e os gols foram aparecendo. No final, o elástico marcador de 7 a 3, com o atacante Lourival marcando três, enquanto Beiramar, Valdir, Ari e Nilo completaram a contagem para o Clipper. Português 2 e Assis, fizeram os gols do Nacional.

Clipper: Elói, Aristóbulo e Aristóteles; Nilo, Guimarães e Marleno Litaif; Delmar, Lourival, Beiramar, Valdir e Antônio Ari. Técnico: Tenente Pedro Barbosa.

Nacional: Marcus (Zizico), Mário Regina e Mário China; Martins, Agostinho e Jaime Costa; Adamor, Ribas, Português, Zizico e Assis.

Obs.: Zizico ocupou a meta do Nacional em substituição ao goleiro Marcos que deixou o campo contundido, pois não existia a regra três.

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Author: Carlos Zamith